sexta-feira, junho 22, 2007

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O exame de Matemática foi uma coisa bem estranha. Não é que fosse fácil, mas também não era difícil. Agora que penso nele, fico furiosa por ter deixado algumas coisas para o fim por não me lembrar como se faziam. -.-' Acabei por me lembrar, de qalquer forma. Mas podia ter sido mais cedo.


Vi muita gente a sair da sala contentíssima. Confiantes que vão tirar uma grande nota. Que a Faculdade de Medicina de Lisboa (Nova) e a da Beira Interior só pedem uma específica como Prova de Ingresso e a média de entrada no ano passado nem chegou a 18. Que entram lá de certeza, que o exame foi mesmo fácil e vão tirar boa nota. Mas... o exame era igual para todos. Por muita subjectividade que possa haver nos critérios de facilidade e dificuldade, não deve haver muita discrepância no que respeita a este: era acessível. Para todos. Logo, a média vai subir. Quase de certeza. Não é que eu goste de destruir sonhos, ou coisa do género. Eu também os tenho. É difícil compreender que se possa não entrar mesmo depois de tanto esforço. É difícil acreditar que o 18 possa não chegar. E é, sobretudo, quase impossível de entrar na cabeça que, mesmo com a falta de médicos que há, as médias continuem absurdamente altas. Um aluno de 20 no secundário vai ser necessariamente melhor profissional que um de 16? Ou até menos? É justo "cotar" uma pessoa, atribuir-lhe um número (de 0 a 20), número esse influenciado em aproximadamente 50% por duas horas/ duas horas e meia dentro de uma sala a escrevinhar apressadamente o que se meteu na cabeça à martelada? Mesmo que não se compreenda, mesmo que não interesse para a profissão futura?
Se quiserem dizer que sou burra, digam. Porém, se há coisas que realmente não entendo, são estas. Não há nada a fazer. Isto, para mim, é como um método de redução ao absurdo. Como fazer uma demonstração e provar no final que se 1=-1 => 1 é par. Dizer que só quem tem média acima de dezoitovírgulaqualquercoisa é que pode ser médico é passar um atestado de estupidez a quem não o merece. A quem podia salvar muitas vidas.

O exame fazia-se na boa, correu bem. Deve de dar para entrar no Porto na 1ª opção. Até porque as restantes opções também são por aqui, que os papás têm medo das distâncias e uma semana sem me verem seria assassínio. Segundo eles. A sorte é que gosto de mais coisas, como Engenharia Aeroespacial e Matemática e Física Aplicadas à Astronomia. Ou Direito. Coisas giras que não têm nada de comum entre si. xD Cursos que eu vou tirar de qualquer forma, mas preferia que cada um tivesse o seu tempo. E não gostava que essa ordem estivesse condicionada por uma nota.

14 comentários:

White_Fox disse...

Muitos stôres me perguntaram isso de ser justo ou não! Mas tenho uma stôra que dizia: "Quiseram catalogar as pessoas, não foi? Agora desenrasquem-se". LoL

The one you know disse...

Relaxa! Estas muito stressada! Se não fôr este ano é para o outro!

sapiens disse...

Não, não estou stressada. Eu vou entrar este ano num destes 4 cursos. De certeza! xD

Tiago disse...

Eu se fosse a ti queixava-me da ministra que este ano tomou contra todas as expectativas tomou uma medida constitucionalmente correta e vai multiplicar a nota por 1.04. Pois pois.

Quanto a se não for este é para o outro, isso não é bem assim. É um ano perdido na vida, são milhares de pessoas que te passam à frente no mercado de trabalho, é a perda da hipótese de uma promoção daqui a 20 anos, porque andavas um ano atrasada em relação a essa promoção.... No fundo esse ano, pode ser a diferença entre ficar milionário e não ficar, para além de ser uma grande seca ficar um ano em casa.

Bj.***

peace_love disse...

Bem, as coisas devem ter mudado drasticamente desde o ano passado!! O ano passado saímos do exame de matemática a dizer: "estamos lixados"! Deve ser para o pessoal ter melhores notas e o governo dizer que a média nacional subiu...

sapiens disse...

provavelmente. assim ninguém chateia a ministra.

mas se queres que te diga, não achei este exame mais fácil que os do ano passado. foi mais ou mesnos o mesmo. o da primeira fáse tinha um exercício marado, mas o da segunda fazia-se melhor que este. mas são opiniões...
e as notas também vão depender dos critérios, é claro. uma pessoa vai ver ao gave a correcção, e pensa que tem tudo certo, mas o melhor é contar que nos descontem em tudo que der para gamar pontos!... -.-'

Mentiroso disse...

Não tenho resposta para as tuas questões, salvo para uma. Aquela sobre porque se há-de ter ≥18 para admissão a medicina.

Não tenho a certeza de como é agora, mas não há ainda muitos anos que aos médicos e dentistas formados nas universidades portuguesas não era permitido o exercício da profissão independentemente, ou seja, sob a sua própria responsabilidade. Só podiam exercer sob a responsabilidade de um outro formado numa universidade reconhecida. Falo da situação em países avançados. Os cursos administrados pelas universidades portuguesas têm sido considerados como desapropriados, deficientes e impróprios para uma formação conveniente.

Os cursos mais castigados são, evidentemente, em países verdadeiramente democráticos, aqueles de que dependem a saúde e o bem-estar dos seus cidadãos, facto sem valor para os governantes canalhas que temos.

Sei que a maioria das pessoas não acreditam nisto nem se dão conta, os pobres. Se o fossem constatar nesses países caiam-lhes os queixos. Devido às mentira dos políticos corruptos e ineptos que varrem o país, que fomentam um orgulho infundado em valores verdadeiramente rascas, de que o futebol é um exemplo, a grande maioria julga viver num paraíso democrático e ter, entre outras coisas essenciais, uma instrução e formação excelentes. Vivem num engano contínuo e permanente alimentado por uma falta de informação crónica, uma autêntica desinformação proporcionada por jornaleiros indignos em conluio com os parasitas políticos.

Por outro lado, os governos – formados por incapazes que mais não sabem que vigarizar para simultaneamente satisfazerem as suas ganâncias e sacarem votos àqueles que mantêm na ignorância para deles se aproveitarem – não têm capacidade para a concepção e implantação dum ensino capaz, aceite pelos países desenvolvidos. Numa tentativa de brutos alarves para remediar a esta situação, em lugar de melhorarem o sistema exigem que os alunos pelo menos saibam bem o pouco e insuficiente que lhes é dado aprender.

sapiens disse...

de qualquer forma - é correcto o que dizes - mas descura-se fortemente a vertente humana e vocacional em detrimento de um (pseudo-)saber que, ao fim e ao cabo, não é necessário no curso em si...

Anónimo disse...

Mas tu és estúpida ou fazes-te passar por estúpida? Quem disse que é preciso ter média de 18,tal para ser médico? Quem faz as médias são os alunos e as vagas que existem disponíveis para serem ocupadas. O facto das médias serem altas deve-se ao facto de as vagas, que apesar de serem muitas, acabam por ser POUCAS para o número de candidatos. A maioria dos médicos de hoje, com mais de 30 ou 35 anos, são pessoas que entraram em Medicina com médias de 14, 15, 16! Ninguém diz que um médica precisa de ter média de 18 ou lá o raio que o parta. Parto-me a rir com a estupidez desta gente... Enfim... tacanhez mental é o que não falta por aqui, o triste é vê-la em pessoas tão jovens...

sapiens disse...

olha, anónimo, tenho pena que muito provavelmente não leias isto que eu estou a escrever, mas o estúpido aqui não sou eu.

se conheceres que tenha entrado em medicina com 14 e tenha 30 anos, então não conheces em Portugal, DE CERTEZA. com mais de 50 acredito, agora com 30, ESQUECE. não gosto de factos deturpados no meu blog.

o que me estás a tentar dizer é que qualquer pessoa pode entrar. ora, isso é bem verdade. poder, pode. ou melhor, pode sonhar. aposto o que quiseres que este ano não entra ninguém com menos de 18 [tirado fora regimes especiais]. mas se é como dizes, escuso de estar preocupada com a minha nota de pelo menos 19.

sei perfeitamente que, numa faculdade em que há 200 vagas, entram os 200 melhores candidatos. a "média" é a nota do último colocado. mas, para medicina, os melhores são mesmo bons. o facto de serem muitos, como dizes, não influencia a nota do último colocado; esta nota é alta porque até a última pessoa que entrou teve uma nota bem alta. nota esta que tem sido, nos últimos anos, acima de, pelo menos, 175!

estás-me a acusar de tacanhez mental? oh donzela, não o faças. é que dá-me a entender que isso ronda mais os teus lados. não percebeste patavina do que eu escrevi. pelos vistos, o teu cérebro não processa as palavras que lê. temos pena.

olha, pode ser que uma qualquer pessoa, com média de 14, te cure. entra em setembro em medicina, especializa-se em neurocirurgia, e dá-te uma ajudinha e troca o teu cérebro por um de chouriço, a ver se ficas mais inteligente.

vai sonhando com esse dia. eu, quando for neurocirurgiã, não vou sequer olhar para ti. CASO PERDIDO. o único que vou admitir como tal.

beijinho!***

Anónimo disse...

Sim querida, vais ser neurocirurgiã quando brincares aos médicos... lolololol! Eu acho é q o mais provável acontecer é eu olhar de cima para baixo para ti qd te vir atrás de uma secretária reles e a cair de podre a passar receita às hipocondríacas da santa terrinha ou, pior, do bairro social, com o maior ar de desgosto! LOL! Realmente, o teu cérebro consegue ser mais lento que um transistor, pelo que acho melhor que o tentem substituir por tal... mesmo assim duvido q melhores alguma coisa. Pobre coitada!

sapiens disse...

porque é que o meu cérebro é lento?

sapiens disse...

e quanto ao facto de puder estar atrás de uma secretária a cair de podre... se isso estiver a ajudar alguém, se as velhinhas estiverem felizes, vou-me sentir realizada. mesmo que me olhes de cima para baixo. não é coisa que me incomode. tenho suficiente amor-próprio para me auto-avaliar. don't worry.

Anónimo disse...

após ler o teu post, com o qual concordo quase na totalidade, posso t dizer k na minha opinião o facto dos exames valerem por vezes 50% da tua nota final, não são de todo uma ideia estupida, visto que por todo este país existem certos tipos de colegios para pessoal cujos pais usufruem de bolsinhos a arrebatar de euros, e sabe-se la de onde vem, que fazem com que os filhos façam o exames com CIFs muito para além do seu conheciment. Daí penso que este percentagem n s torna de forma alguma injusto, mas pensando nakeles alunos cujos os nervos e a ansiedade vao para além do necessário, deveria mudar a lei relativamente á primeira e segunda fase, assim,os alunos mostravam, na sua generalidade, se a CIF foi consoante o que realmente era exigido, e por outro lado tinham sempre uma segunda hipotese, n tendo em risco a entrada no ensino superior.

Bj, ahh eu sou um visitant oriundo dos lados dos amoras com adoçant