terça-feira, dezembro 26, 2006

afinal... era cego!

Ah e tal... é Natal; o Natal passou. Tão depressa que quase nem demos por ele. Se calhar, mandamos á pressa uma sms a todos os contactos do telemóvel, igual para todos, para o melhor amigo e para a velhinha do lar. No fim... não sentimos nada. Nem alegria nem tristeza. Absolutamente nada. Ter-nos-íamos sentido melhor se tivéssemos dado um biscoito á velhinha, um abraço ao melhor amigo. Ou um "Olá!", a Jesus. Porque a festa foi d'Ele, mas poucos se lembraram.

Vou deixar aqui uma história que tinha guardada no pc há imenso tempo. Não sei de onde veio, mas sei que já a tinha ouvido antes de a copiar. Espero que gostem!! Vai ser... o oásis, no deserto das 'não-postagens' que têm sido estes tempo. Falta de tempo, falta de vontade, falta de inspiração... e excesso de problemas!!! ooops!

malta... os poucos que aqui vêm meter a desmesurada penca (!) - eheheh! - fiquem bem!!

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.
Um deles, podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.
A sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela. A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora.
Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto, lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. " Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Moral da História: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando
partilhada, é dobrada.


P.S.: Já agora, fiquem com o meu e-mail do Msn: mt_sapiens.sapiens@hotmail.com!!!

sábado, dezembro 16, 2006

para descontrair...


Para fugir à barbaridade do tema sobre o qual tenho vindo a postar, resolvi arranjar umas regras de Português que este blog irá seguir daqui para a frente.... eheh!!

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer uma opção superlativa quanto ao estilo e empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de um excessivo esmero a raiar o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas., o mais possivel!

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, bué, mesmo que pareça nice, tá fixe?

9. Palavras de baixo calão podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar, é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem ideias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação correctamente o ponto e a vírgula especialmente será que já ninguém sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão
da ideia nelas contida, e, por conterem mais que uma ideia central, o que
nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre
leitor a separá-la nos seus diversos componentes, de forma a torná-las
compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo
da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais
curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúaa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai deixando seu texto pobre -
causando ambiguidade - e esquisito, ficando com a sensação de que as coisas
ainda estão acontecendo.

29. Outra barbaridade que você deve evitar é usar muitas expressões que
acabem por denunciar a região onde tu moras, carago!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

o ser (des) humano

já anteriormente escrevi um texto bastante comprido sobre o assassínio de crianças ainda não-nascidas. não consigo dezer mais nada. estas imagens falam por si.

digam o que disserem, que a mulher tem direito a escolher, e não sei que mais... a partir do momento em que o bebé é concebido deixa de ser dela, de lhe pertencer. é uma vida, e NINGUÉM tem o direito de passar por cima dela.

as imagens falarão o resto.

domingo, dezembro 10, 2006

"o fim do princípio"



Viu-a, na rua mais rápida da cidade. Naquele momento, teve a plena consciência que o curso da sua vida fora irremediavelmente alterado. Para melhor ou para pior? Não sabia. Ninguém o poderia ainda dizer com toda a certeza.

Talvez tivesse sido o brilho espelhado dos seus sedosos cabelos soltos cor de chocolate, ou o nariz pequeno e perfeito, ou as mãos finas e longas, ou talvez a boca que iluminaria a face ainda um pouco infantil com um sorriso radiante... ou talvez tivessem sido os penetrantes olhos castanho-avelã. Talvez.

Deparou-se com a “deusa” quando ela estava ainda de costas. Provavelmente, existe mesmo um sexto sentido, uma intuição que nos alerta quando somos observados. O que é certo é que ela, num repente, voltou-se para trás e, surpreendida, fixou os olhos naquele que, descaradamente e sem pedir licença, não despregava dela o olhar. Primeiro, com uma surpresa que se transformou em fúria pelo possível assédio. Contudo, concluindo que não seria caso disso, a expressão passou a inquiridora: “O que foi? Tenho algum gelado colado na testa?”, traduziam as sobrancelhas arqueadas.

Ele corou. Involuntariamente, subiu-lhe à face láctea um rubor intenso, apanhando-o desprevenido, e que o fez instintivamente levar a mão direita à cara para disfarçar que fora caçado em flagrante pela pergunta. Ela sorriu, reparando no seu embaraço devido ao seu olhar. E sentiu-se bem, desejada, um tudo-nada vaidosa. Achou-se mais atraente, pensou que a camisa cor-de-rosa levemente decotada em meia-lua lhe ficasse melhor do que vira no espelho, de manhã; cuidou que as calças de ganga claras talvez não lhe fizessem, afinal de contas, uma anca de três quilómetros e meio. E considerou o acanhamento do rapaz que a observava quase um elogio.

Estudou-o então com mais interesse, mais atenção, esforçando-se por não deixar que nada lhe escapasse. Se não é todos os dias que recebemos um [pseudo-] elogio, é útil que conheçamos a pessoa de quem parte. E reparou como o rapaz era atraente!! Não atraente do género actor de cinema: bonitão, mas charlatão, convencido de que é o melhor e não há presa do sexo oposto que resista a um sorriso charmoso dos seus. Nada disso, parecia até ignorar o efeito que produzia à sua volta, já que não era só ela (grrrrr) que o perscrutava, e algumas quase o devoravam com os olhos! Parecia indiferente ao mundo, aluado e distraído, apenas contemplando-a, embasbacado.

“Talvez não seja para mim…”, ponderou.

Olhou para trás, e não viu ninguém que pudesse causar tamanha alienação.

“Bem, se calhar… é possível”, e voltou a sorrir.

Concentrou-se novamente nele, e viu-o devolver o sorriso, os olhos verdes a rirem também, os lábios carnudos mostrando ligeiramente os dentes proporcionais ao seu provável metro e oitenta e cinco que deveria, pela aparência, ter. Desta vez, foi a vez dela corar. No entanto, a pele mais escura não deixava transparecer o rubor.

“Será que ele reparou? Deve-me achar uma descarada!”

Nada disso. Ele adorou aquele sorriso quente. Adorou a maneira como os seus olhos se franziram um pouco. E adorou também as suas bochechas brincalhonas, subindo um pouco, acompanhando os seus lábios que se entreabriram. Ui!, mas o sorriso tornou-se levemente embaraçado, deixou de ser sorriso.

“Talvez tenha corado… será que me acha um pervertido?”

Ao mesmo tempo que se assustou com a ideia, sorriu ao pensar no que ela poderia imaginar. Que imagem dele pairaria na sua bela cabeça? Só veria o exterior dele, aquela pseudo-beleza que tanto o atrapalhava quando estava atrasado para as aulas, pois as raparigas atravessavam-se à frente dele, chocavam, ela caía, ele tinha de apanhar os livros dela à maneira de filme… e isto repetido desde que tinha saído do colégio interno, só masculino, onde andara até completar o básico. Ou… Veria para além disso? Veria, nos seus olhos, um ser pensante, com ideias próprias, indiferente à futilidade e à presunção? Mirou-a, um pouco desconfiado, pelo canto do olho.

“Hum…parece que não me está a julgar à primeira. Talvez não.”

E não estava mesmo. Ela reparou que, por detrás daquele físico invejado pelos rapazes que queriam chamar à atenção e pelas raparigas que queriam um amante, se escondia uma alma sensível e carinhosa. Auxiliou uma idosa que tropeçara numa pedrita do passeio, não a deixando cair, e ainda arrancando-lhe uma gargalhada que a fez exclamar:

- Ai, meu rapaz, se eu fosse uns setenta anos mais nova, da idade daquela jeitosa que está do outro lado, nem penses que estavas nessa paragem de autocarro sozinho!- e piscou o olho à rapariga.

Apesar da voz “tipo altifalante” com que a velhota falou, nenhum dos transeuntes que, naquela hora de ponta corriam apressadíssimos para os monótonos locais de trabalho que os faziam ganhar dinheiro para sustentarem as suas monótonas vidas, ninguém reparou no incidente. Só ela, imobilizada, presa ao chão devido à simples presença do rapaz.

“Deve-me achar uma parvinha desesperada! Não descolo daqui!...”

E decidiu-se a abalar dali. Já tocara para o primeiro tempo, com certeza, e ela ali, a olhar para ele, sem o conhecer sequer.

“Mas será que quero sair deste sonho? Quero saber quem ele é!!”

Observou-o. Viu-o a “espiá-la”. Achou piada. Talvez fosse interesse.

“Como adorava saber quem é esta deusa! Como queria sentir a sua mão na minha, os seus lábios a sussurrarem-me ao ouvido… Será que ela também quer?”

Estavam em sintonia. Os seus corações palpitavam em simultâneo, apesar de descompassados. Galopavam no peito, estranhando aquela sensação nunca antes sentida. Pela mente, passavam agora todos os filmes românticos que a que tinham assistido, quase enjoativos e sem imaginação, nos quais se retratava o amor à primeira vista. Como eram pirosos!! E agora, que experimentavam o sentimento, viam que não tinha nada em comum com os filmes! Era muito melhor, muito mais arrebatador, muito mais ardente… Queriam-se tocar, abraçar e, quem sabe, trocar o primeiro beijo verdadeiramente verdadeiro… Só faltava coragem para o passo essencial…

Deu-o ele. Ou ela, não dava para perceber. Fracções de segundo separaram os movimentos. Ou nem isso. E o primeiro passo foi o lançamento para o Paraíso, para o maravilhoso Éden que os esperava. Esqueceram tudo. O onde e o quando, o como e o porquê. Só não se esqueceram um ao outro. Só se tinham um ao outro na cabeça. Continuaram a avançar, perdendo o sentido do que os rodeava. Unicamente permaneceu o amor. Ele estendeu os braços para acolher aquele ser lindo que parecia fazer parte de si desde sempre, e caminhavam ainda mais depressa, cada vez mais rapidamente, mais céleres, cada vez mais um do outro. Naquele enlevo, nem se aperceberam do autocarro. O autocarro que os levaria ao destino. A buzina histérica que começara entretanto a tocar era a harpa dedilhada por algum anjo, os gritos dos transeuntes eram como um coro celestial.

Tocaram-se com a ponta dos dedos. Entrelaçaram-nos, deram as mãos. Nesse preciso momento, o autocarro, sem tempo para travar (os relógios não tinham parado para todos…), embateu neles. Caíram, partidos, esmagados, esfacelados. Com as mãos unidas, apesar de tudo. Ele viu-a piscar os olhos, ela sentiu os dedos mais apertados… havia vida, havia esperança… Então arrastaram-se, movidos pelo desejo, pelo amor, pela paixão…

Conseguiram. Os seus lábios trémulos colaram-se. Experimentaram a felicidade.

Com uma paz imensa invadindo-lhe o corpo e a mente, deixou a cabeça escorregar sobre o peito dela. Ela sentiu, e soltou um último suspiro. Aconchegados, apertaram ainda mais as mãos. Fecharam os olhos, relembrando o momento que mudara as suas vidas. Para melhor, tinham agora a certeza. Estes instantes valeram por todo o tempo do mundo. Nem que tivessem vivido 100 anos. Tudo se resumiria àquilo.

Pensavam na vitória que tinham conseguido. Esperavam vive-la para sempre.

Uma poça de sangue desenhava à volta deles um coração gigante. Não sofriam a dor física, já que a mente estava preenchida de coisas boas como nunca estivera.

Assim, felizes, adormeceram num sono profundo. Nem deram pela ambulância chegar. Para só acordarem no paradisíaco Paraíso.



Nota:
Escrevi-o há uns tempos. Já ouvi algumas críticas, especialmente no que respeita à parte final. Dizem que acaba mal, que o final é triste. Mas não: eles ficam juntos. Onde? Num Paraíso, algures por aí.



Não sei o que vão pensar desta postagem. Foi só por o André ter falado. Ele gosta do texto e tal... Ainda bem. É bom quando lêem o que escrevemos. Obrigadão gajo-que-quase-nunca-se-digna-a-comentar-o-meu-blog-mas-que-finalmente-comentou!!!
eheheh




Opiniões? Quantas venham, são bem-vindas!!

*hazta*

sábado, dezembro 09, 2006

só para dar a conhecer a lei...

Texto da Constituição, aprovada em 2 de Abril de 1976, por:

PS - Partido Socialista
PPD - Partido Popular Democrático (Actual PSD)
PCP - Partido Comunista Português
MDP/CDE - Movimento Democrático Português (Actualmente extinto. Os seus ex-militantes dividem-se entre PCP e BE)
UDP - União Democrática Popular (Membro fundador do BE)
ADIM - Associação de Defesa dos Interesses de Macau (Actualmente extinto)

Preâmbulo

(...)

A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do País.

(...)

Título II - Direitos, liberdades e garantias

Artigo 25.º (Direito à vida)

1. A vida humana é inviolável.
2. Em caso algum haverá pena de morte.

Direitos?? de quem, afinal?!



"O aborto NÃO é apenas uma questão de consciência."




Olá malta... (não sei muito bem qual, porque ninguém lê nada do que aqui escrevo. Deve ser porque aqui só se fala de coisas interessantes. E não, não estou a ser irónica. Mas paciência. Escrevo para mim mesma; sempre treino o meu reles português. Nada mau...)

Ora bem, vamos agora ao que importa: no outro post, tinha dito que não me ia ficar pelas imagens. E não vou mesmo! Se bem que elas dizem tudo. Ou quase...

Aposto que custou plhar para elas. A mim também. E sei também que dói, num canto qualquer do coração (que muitos não têm..) ver que, se o referendo ao aborto ganhar, irão haver muitos bebés cruelmente assassinados, sem dó nem piedade, sem terem sequer tempo para dizer qualquer coisa. Nada mesmo. Vão apenas ficar reduzidos a um corpo inerte como vemos nestas imagens. E depois vão aquelas gajas tenebrosas gritar para o meio da estrada, numa manifestação pior organizada do que um debate no parlamento: "A barriga é minha! Ponho cá dentro o que quero! Se não quero que o meu filho, mato-o!! Ele tem o direito de ser desejado! E eu tenho o direito de o desejar!!!"

Direitos?? aqueles/as bestas filhos das p**** falam em direitos??? Direitos?! saberão porventura o que essa palavra significa?????

Pois não sabem não - ou fingem não saber!... porque o direito fundamental de um ser humano é o facto de ter direito à vida... Todavia, defendem-se, dizendo que "aquilo" não é um humano! Qualquer dia, até dizem que não é vida...

É vida. Vida humana que está em risco de ser assassinada. Todos nos comovemos ao apoiarmos campanhas do género: "Salvem as baleias! Salvem as focas! salvem os mosquitos que transmitem a malária!" Só falta mesmo o apelo para salvarmos o vírus da SIDA... E não nos incomodamos com os gritos de um bebé... tão silenciosos dado ainda serem dados da barriga da "mãe".

E caricato, para acrescentar, é o facto de o nosso otário ministro da saúde querer fechar matarnidades e abrir clínicas abortivas. Quando o nosso país é um dos mais envelhecidos da Europa. Talvez em vez de se despenalizarem assassínios se devessem dar mais apoios a mães que não têm capacidades para terem/cuidarem de um filho. A começar pelos sítios onde os vão parir.

Em que mundo vivemos, afinal?? Onde estão os valores máximos? Citando o meu [ex] prof. de filosofia: "Vale mais um homem infeliz ou um porco satisfeito?" E depois virava-se para nós com cara de caso, e perguntava-nos: "O que preferias ser?"

Está na cara aquilo que os defensores do aborto responderiam... Quem tem dúvidas??

domingo, dezembro 03, 2006



Palavras para quê?

Mas não vou ficar por aqui...

A nossa vez de avaliar


Na educação, bem como em muitos outros aspectos no nosso país à beira mar plantado, falta sustentabilidade e bases de apoio à maior parte das medidas que são tomadas. Passo a explicar: os programas e as ideias do governo, por muito polémicas e/ou duvidosas que possam ser, são decerto impostas com bons propósitos. Não obstante…a sua aplicabilidade é surreal, quase utópica. Como se costuma dizer, "de boas intenções está o inferno cheio".

A falta de civismo é um dos maiores problemas que se colocam logo à partida nas escolas portuguesas. A educação é uma ocupação primordial da família, dada aos filhos pelos pais para que os primeiros saibam viver em sociedade, respeitando regras e condutas. Assim, não só não se prejudicam mas, sobretudo, não estorvam quem quer aprender. Na escola apenas se põem em prática e/ou aperfeiçoam os procedimentos pré-adquiridos. Os professores não têm que aturar maus modos de meninos mal-educados. Se alguém vai para a escola sem o mínimo de regras de conduta vindas de casa, nada feito... Aparece a violência escolar... e a velha questão do insucesso, sobre a qual os sucessivos governos adoram tagarelar no parlamento: blá-blá-blá para aqui, oinc-oinc para aqueles lados… Eles falam falam falam e eu não os vejo a fazer nada… que traga benefícios!

Aumentam as exigências no 1º ciclo, mas baixam-nas daí para a frente: cai-se num facilitismo estranho, dado que na verdade não facilita a vida de ninguém. Mesmo assim, os maus alunos continuam com maus rendimentos. Porém lá conseguem passar "por baixo da mesa" e completar o 12º ano (sabe Deus como). Saem cá para fora com um diplomazinho todos sorridentes, mas… deixam muito a desejar enquanto profissionais.

Abordando o assunto por outro prisma, entramos no campo dos tão… falados (mal, porcamente, recebidos com apupos, etc.) exames nacionais do 11º ano. Para começar, os nossos prezados amigos que os elaboraram enganaram-se: não perceberam que o programa leccionado no 10º e 11º ano não apontava claramente para o tipo de teste que resolveram fazer. Os currículos estavam de tal modo impregnados pelo construtivismo e pela ideologia – a tal falta de sustentabilidade que abordei no primeiro parágrafo – que foi (quase) impossível trabalhar com eles... Além do mais, ninguém sabia exactamente quais as consequências práticas que iriam daí advir. Para acrescentar a esse facto, informação sobre as implicações das fases (1ª e 2ª), nadinha, que não era necessário! E a prova modelo? Alguém a viu? Eu cá não! Mas talvez desse jeito… E foi graças a estas excelsas ocorrências que nós, alunos do 11º ano, fomos para a sala de exame sem qualquer tipo de ideia sobre o que nos esperaria a não ser o óbvio, o que já estava mais do que prometido: saía matéria dos dois anos, 10º e 11º. Muito obrigado. Estamo-vos infinitamente gratos.

Não restam dúvidas que o GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional) se esmerou, como se pode constatar ao olhar para o seu fabuloso desempenho na divulgação de informações, quer para o corpo docente quer para o corpo estudantil! Estando os alunos que frequentaram o 11º ano no ano lectivo 2005/2006 num período posterior a uma reforma de ensino, poder-se-ia esperar uma melhor divulgação de informação relativas às fases do exame e às suas implicações. Poder-se-ia esperar tal coisa. Mas não foi isso que efectivamente aconteceu.

Nos dias anteriores ao exame, os professores não estavam bem esclarecidos, passando-se o mesmo com os alunos. As informações chegaram ou no dia do exame, ou no fim da tarde do dia anterior. Perguntemo-nos então se tal atraso, tal incongruência se deve a uma incompetência, a uma ignorância ou se é simplesmente uma brincadeira de muito mau gosto por parte desses excelentíssimos senhores.

E o que enfurece até à ebulição (mesmo os que fervem a 5000 ºC…) é o facto de gritarem aos sete ventos que a culpa é dos professores que não sabem ensinar, ou dos alunos que nada sabem nem nada aprendem. Poderá ter havido inabilidade por parte alguns professores (o que não foi o caso da nossa escola) e falta de empenho em incontáveis alunos. Todavia, tal imperfeição é ínfima quando ofuscada pela ineptidão no que respeita à divulgação de informações (a tempo, convinha!) aos alunos que estão a ser pioneiros numa nova reforma de ensino.

Há que admitir os erros (como fazem os comuns mortais) e tentar melhorar o que não foi bem feito. E isto é para o GAVE, para os professores mas também para nós, alunos! Não nos podemos esconder sob o manto dos coitadinhos-pobrezinhos-que-não-tiveram-culpa-nenhuma, por muito que possa custar, seja a quem for! Para o ano há mais, e há que estar preparado. Todos aguardamos que tal barbaridade, tamanha aberração não volte a repetir-se. Pela nossa sanidade mental!

A avaliação a nível nacional é um assunto demasiado importante para ser deixado nas mãos da ineficácia.

E à estilo da Internet:

‘Favorite quote: “Evoluam, melhorem-se, morram, vão para o inferno, demitam-se, mas livrem-nos da vossa estupidez!!”’